A Arte é o meio de expressão próprio do artista, a fim de transmitir algo do que se sente, do que se vive; ou seja, a arte é o que nos passa cultura, o que nos proporciona novas lentes para melhor enxergarmos o mundo.
O entretenimento, por sua vez, tem a obrigação de entreter, a elaboração de linguagem dentro do universo do entretenimento não o torna arte, pois nele há a compulsão para com o “entreter”, com o “vender”.
A linha que diverge um do outro é extremamente tênue, pois a arte pode sim entreter; a única diferença existente é que nela não há essa obrigação.
Como bom exemplo disso, podemos citar a música. A música a fim de entretenimento tem como princípio prender o ouvinte, e isso torna-se possível com uma técnica chamada loop, onde o modelo rítmico repete-se do início ao fim da música. A repetição ajuda a entreter o ouvinte.
Mas então, por que escolher o Entretenimento e não a Arte?
À serviço dos grandes capitalistas, a mídia vem “emburrecendo” a humanidade, não há interesse em educar, em instruir ninguém (sim, é aqui que entra a história de “conhecimento é poder”); somos cada vez mais preparados mecanicamente, manipulados para não termos voz ativa alguma, possuindo conhecimento apenas para o novo “mercado de escravos”, o mercado de trabalho.
A Arte é o que nos nutre, o que nos instrui, assim como os vegetais, por exemplo, que não agrada a todos, mas que com certeza alimenta.
Já o Entretenimento é aquilo que é gostoso, divertido, mas não ensina, não nutre, como as guloseimas, por exemplo.
Devemos saber dosar um e outro, e nos conscientizarmos de que a Arte pode não ser “chata”, “massante”, assim como o Entretenimento pode não ser “vazio”, “fútil”. Devemos filtrar ambos, para melhor escolhermos nossa própria formação, nossas próprias “lentes”.
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